quinta-feira, 10 de julho de 2008

Rosa (do teu jeito de ser)



"Escrevi o teu nome na linha-férrea,
para que o pudesses ler.
Mas tu passaste a cem à hora
e sem tempo para o ver.
Fiz outra tentativa
e escrevi no alcatrão.
Mas nessa tosca avenida,
não passa o teu avião.

Tens um nome delicado,
não se pode escrever.
É preciso entrar em ti
para te poder conhecer.
Não é nome que se diga,
não é nome de mulher.
É da cor do teu vestido,
é do teu jeito de ser.

Em poucos dias toda a cidade,
estava pintada de Rosa.
E por todos os lugares,
lia-se o teu nome em prosa.
Mas de ti nem um sinal,
nem sequer uma notícia.
A tua ausência prolongada
era já caso de polícia.

Tens um nome delicado,
não se pode escrever.
É preciso entrar em ti
para te poder conhecer.
Não é nome que se diga,
não é nome de mulher.
É da cor do teu vestido,
é do teu jeito de ser.

Tentei só mais uma vez,
escrever-te na terra molhada.
E da noite para o dia,
eras uma semente germinada.

Tens um nome delicado,
não se pode escrever.
É preciso entrar em ti
para te poder conhecer.
Não é nome que se diga,
não é nome de mulher.
É da cor do teu vestido,
é do teu jeito de ser.

Tens um nome delicado,
não se pode escrever.
É preciso entrar em ti
para te poder conhecer.
Não é nome que se diga,
não é nome de mulher.
É da cor do teu vestido,
é do teu...

Tens um nome delicado,
não se pode escrever.
É preciso entrar em ti
para te poder conhecer.
Não é nome que se diga,
não é nome de mulher.
É da cor do teu vestido,
é do teu jeito de ser."


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