quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Upside Down...



Who's to say
What's impossible
Well they forgot
This world keeps spinning
And with each new day
I can feel a change in everything
And as the surface breaks reflections fade
But in some ways they remain the same
And as my mind begins to spread its wings
There's no stoppin' curiosity

I wanna turn the whole thing upside down
I'll find the things they say just can't be found
I'll share this love I find with everyone
We'll sing and dance to Mother Nature's song
I don't want this feeling to go away

Who's to say
I can't do everything
Well I can try
And as I roll along I begin to find
Things aren't always just what they seem

I wanna turn the whole thing upside down
I'll find the things they say just can't be found
I'll share this love I find with everyone
We'll sing and dance to Mother Nature's song
This world keeps spinning and there's no time to waste
Will it all keep spinning and spinning round and round and

Upside down
Who's to say whats impossible and can't be found
I don't want this feeling to go away

Please Don't go away
is this how it's supposed to be

By: Jack Johnson

sábado, 13 de setembro de 2008

Mistakes...



"I'm a new soul
I came to this strange world
Hoping I could learn a bit but how to give and take
But since I came here, felt the joy and the fear
Finding myself making every possible mistake

La, la, la, la (21x)
La, la, la, la (21x)

See I'm a young soul in this very strange world
Hoping I could learn a bit but what is true and fake
But why all this hate? try to communicate
Finding trust and love is not always easy to make

La, la, la, la (21x)
La, la, la, la (21x)

This is a happy end
Cause you don't understand
Everything you have done
Why's everything so wrong

This is a happy end
Come and give me your hand
I'll take you far away

I'm a new soul
I came to this strange world
Hoping I could learn a bit but how to give and take
But since I came here, felt the joy and the fear
Finding myself making every possible mistake

New soul... (la, la, la, la,...)
In this very strange world...
Every possible mistake
Possible mistake
Every possible mistake
Mistakes, mistakes, mistakes..."


Yael Naim
New Soul

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Tristeza...

Tristeza

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Pensamento do dia...




"Uma vez que você tenha experimentado voar, você andará pela terra com seus olhos voltados para céu, pois lá você esteve e para lá você desejará voltar. "

( Leonardo da Vinci )


segunda-feira, 25 de agosto de 2008

O sono

O sono que desce sobre mim,
O sono mental que desce fisicamente sobre mim,
O sono universal que desce individualmente sobre mim —
Esse sono
Parecerá aos outros o sono de dormir,
O sono da vontade de dormir,
O sono de ser sono.
Mas é mais, mais de dentro, mais de cima:
E o sono da soma de todas as desilusões,
É o sono da síntese de todas as desesperanças,
É o sono de haver mundo comigo lá dentro
Sem que eu houvesse contribuído em nada para isso.

O sono que desce sobre mim
É contudo como todos os sonos.
O cansaço tem ao menos brandura,
O abatimento tem ao menos sossego,
A rendição é ao menos o fim do esforço,
O fim é ao menos o já não haver que esperar.

Há um som de abrir uma janela,
Viro indiferente a cabeça para a esquerda
Por sobre o ombro que a sente,
Olho pela janela entreaberta:
A rapariga do segundo andar de defronte
Debruça-se com os olhos azuis à procura de alguém.
De quem?,
Pergunta a minha indiferença.
E tudo isso é sono.

Meu Deus, tanto sono! ..."

Alvaro de Campos

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Hora Absurda




"O teu silêncio é uma nau com todas as velas pandas…
Brandas, as brisas brincam nas flâmulas, teu sorriso…
E o teu sorriso no teu silêncio é as escadas e as andas
Com que me finjo mais alto e ao pé de qualquer paraíso…
Meu coração é uma ânfora que cai e que se parte…
O teu silêncio recolhe-o e guarda-o, partido, a um canto…
Minha ideia de ti é um cadáver que o mar traz à praia…, e entanto
Tu és a tela irreal em que erro em cor a minha arte…
Abre todas as portas e que o vento varra a ideia
Que temos de que um fumo perfuma de ócio os salões…
Minha alma é uma caverna enchida p'la maré cheia,
E a minha ideia de te sonhar uma caravana de histriões…
Chove ouro baço, mas não no lá-fora… É em mim… Sou a Hora,
E a Hora é de assombros e toda ela escombros dela…
Na minha atenção há uma viúva pobre que nunca chora…
No meu céu interior nunca houve uma única estrela…
Hoje o céu é pesado como a ideia de nunca chegar a um porto…
A chuva miúda é vazia… A Hora sabe a ter sido…
Não haver qualquer coisa como leitos para as naus!… Absorto
Em se alhear de si, teu olhar é uma praga sem sentido…
Todas as minhas horas são feitas de jaspe negro,
Minhas ânsias todas talhadas num mármore que não há,
Não é alegria nem dor esta dor com que me alegro,
E a minha bondade inversa não é boa nem má.
Os feixes dos lictores abriram-se à beira dos caminhos…
Os pendões das vitórias medievais nem chegaram às cruzadas…
Puseram in-fólios úteis entre as pedras das barricadas
E a erva cresceu nas vias férreas com viços daninhos…
Ah, como esta hora é velha!… E todas as naus partiram!
Na praia só um cabo morto e uns restos de vela falam
De Longe, das horas do Sul, de onde os nossos sonhos tiram
Aquela angústia de sonhar mais que até para si calam…
O palácio está em ruínas… Dói ver no parque o abandono
Da fonte sem repuxo… Ninguém ergue o olhar da estrada
E sente saudades de si ante aquele lugar-Outono…
Esta paisagem é um manuscrito com a frase mais bela cortada…
A doida partiu todos os candelabros glabros,
Sujou de humano o lago com cartas rasgadas, muitas…
E a minha alma é aquela luz que não mais haverá nos candelabros…
E que querem ao lado aziago minhas ânsias, brisas fortuitas?…
Porque me afligo e me enfermo?… Deitam-se nuas ao luar
Todas as ninfas… Veio o sol e já tinham partido…
O teu silêncio que me embala é a ideia de naufragar,
E a ideia de a tua voz soar a lira de um Apolo fingido…
Já não há caudas de pavões todas olhos nos jardins de outrora…
As próprias sombras estão mais tristes… ainda
Há rastos de vestes de aias (parece) no chão, e ainda chora
Um como que eco de passos pela alameda que eis finda…
Todos os ocasos fundiram-se na minha alma…
As relvas de todos os prados foram frescas sob meus pés frios…
Secou em teu olhar a ideia de te julgares calma,
E eu ver isso em ti é um porto sem navios…


Ergueram-se a um tempo todos os remos… Pelo ouro das searas
Passou uma saudade de não serem o mar… Em frente
Ao meu trono de alheamento há gestos com pedras raras…
Minha alma é uma lâmpada que se apagou e ainda está quente…
Ah, e o teu silêncio é um perfil de píncaro ao sol!
Todas as princesas sentiram o seio oprimido…
Da última janela do castelo só um girassol
Se vê, e o sonhar que há outros pões brumas no nosso sentido…
Sermos, e não sermos mais!… Ó leões nascidos na jaula!…
Repique de sinos para além, no Outro Vale… Perto?…
Arde o colégio e uma criança ficou fechada na aula…
Porque não há-de ser o Norte o Sul?… O que está descoberto?…
E eu deliro… de repente pauso no que penso… Fito-te
E o teu silêncio é uma cegueira minha… Fito-te e sonho…
Há coisas rubras e cobras no modo como medito-te,
E a tua ideia sabe à lembrança de um sabor de medonho…
Para que não ter por ti desprezo? Porque não perdê-lo?…
Ah, deixa que eu te ignore… O teu silêncio é um leque -
Um leque fechado, um leque que aberto seria tão belo, tão belo,
Mas mais belo é não o abrir, para que a Hora não peque…
Gelaram todas as mãos cruzadas sobre todos os paitos…
Murcharam mais flores do que as que havia no jardim…
O meu amar-te é uma catedral de silêncios eleitos,
E os meus sonhos uma escada sem princípio mas com fim…
Alguém vai entrar pela porta… Sente-se o ar a sorrir…
Tecedeiras viúvas gozam as mortalhas de virgena que tecem…
Ah, o teu tédio é uma estátua de uma mulher que há-de vir,
O perfume que os crisântemos teriam, se o tivessem…
É preciso destruir o propósito de todas as pontes,
Vestir de alheamento as paisagens de todas as terras,
Endireitar à força a curva dos horizontes,
E gemer por ter de viver, como um ruído brusco de serras…
Há tão pouca gente que ame as paisagens que não existem!…
Saber que continuará a haver o mesmo mundo amanhã - como nos desalegra!…
Que o meu ouvir o teu silêncio não seja nuvens que atristem
O teu sorriso, anjo exilado, e o teu tédio, auréola negra…
Suave, como ter mãe e irmãs, a tarde rica desce…
Não chove já, e o vasto céu é um grande sorriso imperfeito…
A minha consciência de ter consciência de ti é uma prece,
E o meu saber-te a sorrir é uma flor murcha a meu peito…
Ah, se fôssemos duas figuras num longínquo vitral!…
Ah, se fôssemos as duas cores de uma bandeira de glória!…
Estátua acéfala posta a um canto, poeirenta pia baptismal,
Pendão de vencidos tendo escrito ao centro este lema - Vitória!
O que é que me tortura?… Se até a tua face calma
Só me enche de tédios e de ópios de ócios medonhos…
Não sei… Eu sou um doido que estranha a sua própria alma…
Eu fui amado em efígie num país para além dos sonhos…"

Fernando Pessoa

sábado, 16 de agosto de 2008

Plain and simple...



When you were here before,
couldn't look you in the eye
You're just like an angel,
your skin makes me cry

You float like a feather
In a beautiful world
I wish I was special
You're so very special

But I'm a creep,
I'm a weirdo
What the hell am I doin here?
I don't belong here

I don't care if it hurts,
I wanna have control
I want a perfect body
I want a perfect soul

I want you to notice
when I'm not around
You're so very special
I wish I was special

But I'm a creep
I'm a weirdo
What the hell am I doin here?
I don't belong here, ohhhh, ohhhh

She's running out the door...
She's running out
she runs, runs, runs, runs...
runs...

Whatever makes you happy
Whatever you want
You're so very special
I wish I was special

But I'm a creep,
I'm a weirdo
What the hell am I doin here?
I don't belong here

I don't belong here...

Creep

By:Radiohead

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Árvores do Alentejo




Horas mortas... Curvada aos pés do Monte
A planície é um brasido e, torturadas,
As árvores sangrentas, revoltadas,
Gritam a Deus a benção duma fonte!

E quando, manhã alta, o sol posponte
A oiro a giesta, a arder, pelas estradas,
Esfíngicas, recortam desgrenhadas
Os trágicos perfis no horizonte!

Árvores! Corações, almas que choram,
Almas iguais à minha, almas que imploram
Em vão remédio para tanta mágoa!

Árvores! Não choreis! Olhai e vede:
Também ando a gritar, morta de sede,
Pedindo a Deus a minha gota de água!

Florbela Espanca

segunda-feira, 28 de julho de 2008

All the Same/Free Hugs Campaign





"I don't mind where you come from
As long as you come to me
I don't like illusions I can't see
Them clearly

I don't care no I wouldn't dare
To fix the twist in you
You've shown me eventually
What you'll do

I don't mind...
I don't care...
As long as you're here

Go ahead tell me you'll leave again
You'll just come back running
Holding your scarred heart in hand
It's all the same
And I'll take you for who you are
If you take me for everything
Do it all over again
It's all the same

Hours slide and days go by
Till you decide to come
And in between it always seems too long
All of a sudden

And I have the skill, yeah I have the will
To breathe you in while I can
However long you stay
Is all that I am

I don't mind...
I don't care...
As long as you're here

Go ahead tell me you'll leave again
You'll just come back running
Holding your scarred heart in hand
It's all the same
And I'll take you for who you are
If you take me for everything
Do it all over again
It's always the same

Wrong or right
Black or white
If I close my eyes
It's all the same

In my life
The compromise
I close my eyes
It's all the same

Go ahead say it you're leaving
You'll just come back running
Holding your scarred heart in hand
It's all the same
And I'll take you for who you are
If you take me for everything
Do it all over again
It's all the same"


By: Sick Pupies

domingo, 27 de julho de 2008

Tristeza?

Se sou alegre ou sou triste?...
Francamente, não o sei.
A tristeza em que consiste?
Da alegria o que farei?
Não sou alegre nem triste.
Verdade, não sou o que sou.
Sou qualquer alma que existe
E sente o que Deus fadou.

Afinal, alegre ou triste?
Pensar nunca tem bom fim...
Minha tristeza consiste
Em não saber bem de mim...
Mas a alegria é assim...

(Fernando Pessoa)

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Primeiro Beijo...



Recebi o teu bilhete
Para ir ter ao jardim
A tua caixa de segredos
Queres abri-la para mim

E tu não vais fraquejar
Ninguém vai saber de nada
Juro não me vou gabar
A minha boca é sagrada

De estar mesmo atrás de ti
Ver-te da minha carteira
Sei de cor o teu cabelo
Sei o champôo a que cheira

Já não como já não durmo
E eu caia se te minto
Haverá gente informada
Se é amor tudo o que sinto

Quero o meu primeiro beijo
Não quero ficar impune
E dizer-te cara a cara
Muito mais é o que nos une
Que aquilo que nos separa

Promete lá outro encontro
Foi tão fugaz que nem deu
Para ver como era o fogo
Que a tua boca prometeu

Pensava que a tua língua
Sabia à flor do jasmim
Sabe a chicla de mentol
E eu gosto dela assim

Quero o meu primeiro beijo
Não quero ficar impune
E dizer-te cara a cara
Muito mais é o que nos une
Que aquilo que nos separa

domingo, 13 de julho de 2008

Blog

To blog or not to blog...

Not to blog at this time...

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Rosa (do teu jeito de ser)



"Escrevi o teu nome na linha-férrea,
para que o pudesses ler.
Mas tu passaste a cem à hora
e sem tempo para o ver.
Fiz outra tentativa
e escrevi no alcatrão.
Mas nessa tosca avenida,
não passa o teu avião.

Tens um nome delicado,
não se pode escrever.
É preciso entrar em ti
para te poder conhecer.
Não é nome que se diga,
não é nome de mulher.
É da cor do teu vestido,
é do teu jeito de ser.

Em poucos dias toda a cidade,
estava pintada de Rosa.
E por todos os lugares,
lia-se o teu nome em prosa.
Mas de ti nem um sinal,
nem sequer uma notícia.
A tua ausência prolongada
era já caso de polícia.

Tens um nome delicado,
não se pode escrever.
É preciso entrar em ti
para te poder conhecer.
Não é nome que se diga,
não é nome de mulher.
É da cor do teu vestido,
é do teu jeito de ser.

Tentei só mais uma vez,
escrever-te na terra molhada.
E da noite para o dia,
eras uma semente germinada.

Tens um nome delicado,
não se pode escrever.
É preciso entrar em ti
para te poder conhecer.
Não é nome que se diga,
não é nome de mulher.
É da cor do teu vestido,
é do teu jeito de ser.

Tens um nome delicado,
não se pode escrever.
É preciso entrar em ti
para te poder conhecer.
Não é nome que se diga,
não é nome de mulher.
É da cor do teu vestido,
é do teu...

Tens um nome delicado,
não se pode escrever.
É preciso entrar em ti
para te poder conhecer.
Não é nome que se diga,
não é nome de mulher.
É da cor do teu vestido,
é do teu jeito de ser."


By: Classificados

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Intervalo



"Vida em câmara lenta,
Oito ou oitenta,
Sinto que vou emergir,
Já sei de cor todas as canções de amor,
Para a conquista partir.

Diz que tenho sal,
Não me deixes mal,
Não me deixes…

No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto onde eu não entrei,
Notícia do jornal
O quadro minimal… Sou eu…

Vida à média rés,
Levanta os pés
Não vás em futebois, apesar…
Do intervalo, que é quando eu falo,
Para não me incomodar.

Diz que tenho sal,
Não me deixes mal,
Não me deixes…

No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto onde eu não entrei,
Notícia do jornal
O quadro minimal… Sou eu…

Não me deixes já
A história que não terminou
Não me deixes…

No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto onde eu não entrei,
Notícia do jornal

O quadro minimal… Sou eu…
No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto onde eu não entrei,
Noticia do jornal
O quadro minimal… Sou eu..."

by Perfume

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Mr. Jones

Música e Filme com o mesmo nome... Ambos fabulosos...




sábado, 21 de junho de 2008

Leap of Faith




"I can fly
But I want his wings
I can shine even in the darkness
But I crave the light that he brings
Revel in the songs that he sings
My angel Gabriel

I can love
But I need his heart
I am strong even on my own
But from him I never want to part
He's been there since the very start
My angel Gabriel
My angel Gabriel

Bless the day he came to be
Angel's wings carried him to me
Heavenly
I can fly
But I want his wings
I can shine even in the darkness
But I crave the light that he brings
Revel in the songs that he sings
My angel Gabriel
My angel Gabriel
My angel Gabriel"

By Lamb

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Sempre Super Bock...



"All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true... I was made for you

I climbed across the mountain tops
Swam all across the ocean blue
I crossed all the lines and I broke all the rules
But baby I broke them all for you
Oh because even when I was flat broke
You made me feel like a million bucks
You do and I was made for you

You see the smile that's on my mouth
It's hiding the words that don't come out
And all of my friends who think that I'm blessed
They don't know my head is a mess
No, they don't know who I really am
And they don't know what I've been through like you do
And I was made for you.

All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true...I was made for you

Ohh yea it's true... that I was made for you"

By Brandi Carlile

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Durmo?



"Durmo ou não? Passam juntas em minha alma
Coisas da alma e da vida em confusão,
Nesta mistura atribulada e calma
Em que não sei se durmo ou não.

Sou dois seres e duas consciências
Como dois homens indo braço-dado.
Sonolento revolvo omnisciências,
Turbulentamente estagnado.

Mas, lento, vago, emerjo de meu dois.
Disperto. Enfim: sou um, na realidade.
Espreguiço-me. Estou bem... Porquê depois,
De quê, esta vaga saudade?"


Fernando Pessoa

terça-feira, 3 de junho de 2008

Simplesmente...



segunda-feira, 2 de junho de 2008

Autopsicografia

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira a entreter a razão,
Esse comboio de corda
que se chama o coração.

(Fernando Pessoa)